O papa Francisco aprovou nesta sexta-feira (5) o reconhecimento do martírio do padre da Igreja Greco-Católica Ucraniana Pietro Paolo Oros, assassinado pelo regime da União Soviética em 1953.
A medida abre caminho para a beatificação do sacerdote, que hoje é considerado pelo Vaticano como "servo de Deus", ou seja, alguém com processo de canonização aberto.
Nascido em 14 de julho de 1917, no vilarejo húngaro de Biri, Oros era padre em Mukachevo, na Ucrânia, e foi alvo de perseguições do regime comunista soviético.
Desde a década de 1940, sofreu pressões para se converter à Igreja Ortodoxa Russa, mas se manteve fiel ao Papa - a Igreja Greco-Católica Ucraniana está em comunhão com o Vaticano.
Em 1949, quando a União Soviética colocou a Igreja Greco-Católica na ilegalidade, Oros passou a atuar de forma clandestina e, em 1953, se tornou alvo de um mandado de prisão.
O padre tentou fugir, mas, no dia 28 de agosto daquele ano, acabou assassinado por um policial soviético na estação ferroviária de Siltse, na Ucrânia.
O reconhecimento do martírio do padre Oros chega em meio às divergências entre o papa Francisco e o patriarca de Moscou, Cirilo, sobre a invasão da Rússia à Ucrânia.
Enquanto o pontífice condena a guerra sem meias palavras, o líder ortodoxo russo está alinhado ao regime de Vladimir Putin e diz que o conflito é resultado das ações do Ocidente, sem jamais ter criticado a invasão. (ANSA)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA