O governo de Israel declarou nesta quarta-feira (2) o secretário-geral da ONU, António Guterres, como "persona non grata".
O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores israelense em resposta ao posicionamento do representante das Nações Unidas após o ataque do Irã.
Segundo o ministro da pasta, Israel Katz, Guterres "não mencionou o nome do Irã e não condenou inequivocamente a sua grave agressão".
Para Katz, a política do secretário-geral da ONU "permitiu o apoio a terroristas, estupradores e assassinos [dos grupos extremistas] Hamas, Hezbollah, Houthi e Irã".
Na última terça-feira (1º), após os ataques do Irã a Israel, Guterres condenou "a ampliação do conflito no Oriente Médio com uma escalada após a outra" e afirmou que "isto deve acabar".
"Sem nenhuma dúvida precisamos de um cessar-fogo", afirmou o representante da ONU, cuja declaração incomodou Israel.
"Estamos desiludidos com a reação do secretário-geral António Guterres. No seu comentário, logo após os ataques sem precedentes do Irã a Israel, ele não falou da agressão, mas apenas de uma escalada [do conflito]", declarou o embaixador israelense da ONU, Danny Dano, à imprensa.
Ontem, o Irã lançou um novo ataque aéreo contra Israel, com ao menos 200 mísseis. O bombardeio foi uma resposta aos assassinatos de Ismail Haniyeh e Hassan Nasrallah, líderes do Hamas e do Hezbollah, respectivamente. O primeiro morreu em uma operação da inteligência israelense em Teerã, em 31 de julho, enquanto o segundo foi morto em um bombardeio em Beirute, capital do Líbano, na última sexta (27).
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