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'Pedidos por desescalada ajudam Irã', diz Israel na ONU

'Pedidos por desescalada ajudam Irã', diz Israel na ONU

Já a república islâmica ameaçou realizar novos ataques

NOVA YORK, 02 de outubro de 2024, 14:09

Redação ANSA

ANSACheck
Míssil iraniano no Deserto do Negev, em Israel © ANSA/AFP

Míssil iraniano no Deserto do Negev, em Israel © ANSA/AFP

O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse nesta quarta-feira (2) que os pedidos por contenção na crise no Oriente Médio "ajudam" o Irã, que lançou mais de 200 mísseis contra o país judeu na noite da última terça (1º), mas sem deixar vítimas.
    "Estamos sob ataque. Não é apenas uma escalada, mas sim um assalto à nossa existência. O silêncio e os pedidos diários por uma desescalada ajudam o Irã, que deve pagar. Todo o resto é cumplicidade", declarou o diplomata durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o conflito.
    "O momento para pedidos vazios e apelos à desescalada terminou", acrescentou Danon, cobrando "sanções imediatas" contra a república islâmica. "Responderemos com força a cada míssil lançado", prometeu.

O representante de Israel na ONU, Danny Danon

 
    O ataque iraniano foi uma retaliação pelos assassinatos de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em Teerã, em 31 de julho, e Hassan Nasrallah, comandante máximo do Hezbollah, em um bombardeio israelense em Beirute, capital do Líbano, no dia 27 de setembro.
    "As ações do Irã em Israel ocorreram no pleno respeito a nosso direito à autodefesa, segundo o artigo 51 da Carta da ONU", declarou o embaixador de Teerã nas Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, durante a reunião do Conselho de Segurança.
    "Estamos prontos para adotar novas medidas defensivas contra outras ações militares, se necessário. Não vamos hesitar", garantiu.
    Já o representante do Líbano, Hadi Hashem, acusou Israel de "intensificar os crimes" contra o país, que "enfrenta uma crise humanitária sem precedentes". "O fato de que Israel define a operação militar no Líbano como 'limitada' não é verdadeiro. Os danos a civis e infraestruturas civis são imensos", salientou.
   
   

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