O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse nesta quarta-feira (2) que os pedidos por contenção na crise no Oriente Médio "ajudam" o Irã, que lançou mais de 200 mísseis contra o país judeu na noite da última terça (1º), mas sem deixar vítimas.
"Estamos sob ataque. Não é apenas uma escalada, mas sim um assalto à nossa existência. O silêncio e os pedidos diários por uma desescalada ajudam o Irã, que deve pagar. Todo o resto é cumplicidade", declarou o diplomata durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o conflito.
"O momento para pedidos vazios e apelos à desescalada terminou", acrescentou Danon, cobrando "sanções imediatas" contra a república islâmica. "Responderemos com força a cada míssil lançado", prometeu.
O ataque iraniano foi uma retaliação pelos assassinatos de Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, em Teerã, em 31 de julho, e Hassan Nasrallah, comandante máximo do Hezbollah, em um bombardeio israelense em Beirute, capital do Líbano, no dia 27 de setembro.
"As ações do Irã em Israel ocorreram no pleno respeito a nosso direito à autodefesa, segundo o artigo 51 da Carta da ONU", declarou o embaixador de Teerã nas Nações Unidas, Amir Saeid Iravani, durante a reunião do Conselho de Segurança.
"Estamos prontos para adotar novas medidas defensivas contra outras ações militares, se necessário. Não vamos hesitar", garantiu.
Já o representante do Líbano, Hadi Hashem, acusou Israel de "intensificar os crimes" contra o país, que "enfrenta uma crise humanitária sem precedentes". "O fato de que Israel define a operação militar no Líbano como 'limitada' não é verdadeiro. Os danos a civis e infraestruturas civis são imensos", salientou.
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