A Coreia do Norte explodiu nesta terça-feira (15) as partes de duas grandes rodovias que conectavam seu território ao da vizinha ao Sul, depois de Pyongyang alertar que tomaria medidas para romper completamente as ligações entre as duas nações.
A informação foi divulgada pelo Comando Conjunto do Estado-Maior em Seul, que acrescentou que a detonação de partes das linhas Gyengui, na costa oeste, e da Donghae, na costa leste, "ocorreu por volta do meio-dia", horário local da Coreia.
Um vídeo divulgado pelas Forças Armadas do Sul mostra a explosão e uma nuvem de fumaça subindo acima de uma área da estrada.
Em termos práticos, a destruição das rotas faz pouca diferença, tendo em vista que as duas Coreias continuam divididas por uma das fronteiras mais fortificadas do mundo e as estradas não eram utilizadas há anos. Mas seu simbolismo é mais um sinal da crescente tensão entre Seul e Pyongyang.
Inclusive, as forças armadas do Sul relataram que estavam empenhadas em "reforçar a prontidão" para responder aos mais diversos cenários, aumentando a vigilância das atividades militares acima do paralelo 38.
O Ministério da Unificação de Seul, que cuida dos assuntos transfronteiriços, condenou a medida, classificando como uma clara violação dos acordos intercoreanos anteriores e "altamente anormal".
Em coletiva, o porta-voz Koo Byoung-sam afirmou que "é deplorável que a Coreia do Norte esteja repetidamente conduzindo esse comportamento regressivo".
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