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Procurador-geral da Ucrânia renuncia em meio a escândalo

Procurador-geral da Ucrânia renuncia em meio a escândalo

Falsos atestados médicos de invalidez derrubaram Andriy Kostin

MOSCOU, 22 de outubro de 2024, 13:04

Redação ANSA

ANSACheck
Andriy Kostin durante coletiva de imprensa em agosto © ANSA/AFP

Andriy Kostin durante coletiva de imprensa em agosto © ANSA/AFP

O procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostin, renunciou ao cargo nesta terça-feira (22) após um escândalo envolvendo falsos atestados médicos de invalidez concedidos a funcionários do governo a fim de evitar um recrutamento pelas Forças Armadas.
    A informação é da agência Unian, que também revela que está em curso uma investigação sobre o caso na Procuradoria-Geral do país.
    "Muitos fatos vergonhosos de abuso foram estabelecidos dentro do sistema de promotores da Ucrânia", disse Kostin em comunicado nas redes sociais. "Acredito que é correto anunciar a minha renúncia ao cargo de procurador-geral", acrescentou.
    O comunicado foi feito pouco depois de o presidente Volodymyr Zelensky ter confirmado uma reunião com funcionários do alto escalão do governo sobre a fraude, ocasião em que ele pediu a Kostin para assumir sua "responsabilidade política".
    O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) já havia emitido um comunicado dizendo que 64 funcionários das comissões de peritos médicos e sociais foram notificados de que estavam sob investigação.
    "Outras nove pessoas já foram condenadas", informou o SBU, acrescentando que mais de 4 mil certificados de invalidez "foram cancelados".
    A convocação militar na Ucrânia é uma questão altamente contestada e controversa que polarizou a sociedade após uma campanha de recrutamento em grande escala no início do ano para reforçar as tropas na guerra contra a Rússia.
   

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