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Itália protesta contra prisão de voluntário na Venezuela

Itália protesta contra prisão de voluntário na Venezuela

Roma também cobrou explicações sobre restrições a diplomatas

ROMA, 15 de janeiro de 2025, 11:47

Redação ANSA

ANSACheck
Itália não reconhece vitória do presidente venezuelano Nicolás Maduro © ANSA/AFP

Itália não reconhece vitória do presidente venezuelano Nicolás Maduro © ANSA/AFP

O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, convocou nesta quarta-feira (15) o encarregado de negócios da Venezuela em Roma para protestar contra a prisão do italiano Alberto Trentini no país latino-americano e contestar a expulsão de três diplomatas de Roma em Caracas.
    "Convoquei nesta manhã o encarregado de negócios da Venezuela para protestar com força sobre a falta de informações sobre a detenção do cidadão italiano Alberto Trentini e para contestar a expulsão de três dos nossos diplomatas em Caracas", escreveu o chanceler em seu perfil no X, garantindo que "a Itália continuará a pedir à Venezuela para respeitar as leis internacionais e a vontade democrática do povo".
    O posicionamento de Tajani chega após a família de Trentini pressionar o governo de Giorgia Meloni na última terça (14) para obter a libertação do italiano.
    Segundo nota dos familiares e da advogada responsável pelo caso, Alessandra Ballerini, Trentini, de 45 anos e natural de Veneza, chegou ao território venezuelano em 17 de outubro de 2024 para uma missão com a ONG Humanity and Inclusion, a fim de levar ajuda humanitária a pessoas portadoras de deficiência.
    No dia 15 de novembro, quando se deslocava de Caracas a Guasdualito, foi detido em um posto de controle juntamente com o motorista da ONG.
    "Das poucas informações não oficiais recebidas, parece que poucos dias após a detenção, Alberto foi transferido para Caracas, onde permanece até hoje como 'prisioneiro', sem que nunca tenha sido acusado formalmente de algum delito", diz a nota.
    Ainda ontem, o governo chavista anunciou restrições a diplomatas em missão na capital venezuelana de três países europeus, incluindo Itália, Holanda e França, em resposta a uma suposta "conduta hostil caracterizada pelo apoio a grupos extremistas e pela interferência nos assuntos internos", segundo o ministro das Relações Exteriores, Yván Gil.
    As medidas incluem a redução no número de representantes credenciados na embaixada de cada nação, além de tornar obrigatória uma autorização do Ministério das Relações Exteriores de Caracas para que esses diplomatas se desloquem além da capital.
   

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