(ANSA) - O líder do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) e ex-premiê da Itália Giuseppe Conte teria apresentado nesta terça-feira (30) novos documentos ao júri de honra da Câmara, onde acusa a atual primeira-ministra, Giorgia Meloni, de difamação.
O júri se reuniu nesta terça para a elaboração de um relatório e deve levar uma decisão ao plenário até 9 de fevereiro.
Enquanto os trabalhos não forem encerrados, não há nenhuma regra que impeça o júri de verificar novos documentos.
O júri de honra está previsto no artigo 58 do regimento da Câmara e prevê que, "durante um debate, se um deputado for acusado de fatos que prejudicam sua reputação, poderá solicitar ao presidente da Casa a nomeação de uma comissão para julgar a validade da acusação".
Esta é a segunda vez desde o início da legislatura da Itália que o júri honorário é constituído.
Em dezembro, Meloni acusou o governo liderado por Conte de ter dado o seu consentimento ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), em janeiro de 2021, contra a opinião do Parlamento, sem avisar os italianos, sob o manto da escuridão".
Na ocasião, ela mostrou um fax no qual o então ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, autorizou a reforma do mecanismo com uma assinatura colocada no dia seguinte ao fim do governo Conte.
O documento era datado de 20 de janeiro de 2020, quando o ex-premiê estava em funções apenas para assuntos da atualidade, já que o governo havia renunciado e não poderia tomar tal atitude.
Para Meloni, "essa folha demonstra a própria falta de seriedade de um governo que antes de arrumar as caixas deixou esse pacote para o próximo governo".
Conte refutou as acusações, que classificou como "mentiras difamatórias".
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