(ANSA) - Um projeto do vice-premiê e ministro de Infraestrutura e Transportes da Itália, Matteo Salvini, causou polêmica no mundo político do país e levantou a desconfiança da oposição.
Salvini lançou nesta quinta-feira (4) o chamado plano “salva-casas”, um conjunto de normas com o objetivo de colocar de volta no mercado uma série de propriedades.
Na prática, o texto prevê um perdão para os proprietários que tenham realizado pequenas obras de construção ilegais em suas residências.
Segundo o ministro, a ideia é "regularizar pequenas discrepâncias ou irregularidades estruturais que, segundo um estudo, afetam quase 80% das propriedades italianas", a pedido de autoridades locais e associações do setor.
"Mantivemos reuniões com técnicos e associações que lidam com habitação para desenvolver uma proposta para resolver os problemas dos proprietários. Descobrimos que 90% dos italianos são proprietários de suas casas e que 80% têm pequenas discrepâncias internas talvez herdadas de gerações anteriores”, narrou Salvini, afirmando que a questão impede a revenda.
"Não estamos falando de favores para casas de luxo em áreas protegidas. Em Milão, existem 170 mil edifícios bloqueados no município. Então, permitimos que se pague o que for preciso, assim os municípios também se beneficiam, e o proprietário volta a comprar e vender sem problemas", concluiu o ministro.
Já a oposição afirma que a medida é uma anistia para ilegalidades.
A primeira-ministra, Giorgia Meloni, disse conhecer os detalhes, assim como o vice-premiê e chanceler, Antonio Tajani.
"Não é possível uma anistia [para as obras de construção ilegais], mas algumas coisas que não provocam modificações substanciais nos edifícios podem ser perdoadas. Se a proposta seguir nessa direção, então será bem-vinda. Avaliaremos quando for apresentado", enfatizou Tajani.
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