(ANSA) - O governo federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) criticaram nesta segunda-feira (8) as afirmações de Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), que vem atacando o ministro Alexandre de Moraes.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o magnata acumulou bilhões "muitas vezes apoiando regimes antidemocráticos ou fazendo campanhas por golpes e enriquecendo com essa situação".
Padilha ainda reforçou que "nossa soberania está sendo atacada", em linha com declarações dadas neste domingo (7) pelos ministros Paulo Pimenta (Comunicação Social) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).
Musk defendeu o "impeachment" de Moraes, responsável pelo inquérito sobre as milícias digitais, e ameaçou liberar contas no X bloqueadas por decisões judiciais.
Padilha se solidarizou com o STF durante um evento sobre regulação da inteligência artificial realizado em Brasília.
Já o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, repudiou a atitude de Musk em relação às decisões.
Para o magistrado, há uma "instrumentalização criminosa das redes sociais" que ameaça a "democracia".
Sem citar Musk, o titular do STF advertiu que "qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição, às leis e às decisões das autoridades brasileiras".
Neste domingo, Moraes instaurou um inquérito contra Musk por crimes de obstrução de Justiça e incitação ao crime.
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