(ANSA) - Em discurso na cúpula virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) nesta terça-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a invasão da embaixada mexicana em Quito, no Equador como "inaceitável".
A reunião, realizada virtualmente, foi convocada para debater o caso.
"O que aconteceu em Quito, no último dia 5, é simplesmente inaceitável e não afeta só o México. Diz respeito a todos nós.
Um pedido formal de desculpas por parte do Equador é um primeiro passo na direção correta", afirmou Lula.
"Medida dessa natureza nunca havia ocorrido, nem nos piores momentos de desunião e desentendimento registrados na América Latina e no Caribe. Nem mesmo nos sombrios tempos das ditaduras militares em nosso continente", pontuou.
Nas redes sociais, o presidente conservador do Equador, Daniel Noboa, justificou a invasão da embaixada e a prisão do ex-vice-presidente Jorge Glas, que havia recebido asilo na sede diplomática, por motivos de "segurança nacional".
O caso já foi condenado na última semana em uma resolução da Organização dos Estados Americanos (OEA), votada na semana passada, com o apoio dos Estados Unidos e do Canadá.
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, suspendeu relações com o Equador e apresentou uma denúncia à Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia.
Lula defendeu o recurso à CIJ e propôs que os países da Celac auxiliem na solução da crise sem a participação de nações de fora da região.
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