A atriz e cantora italiana Carla Bruni, ex-primeira-dama da França, foi interrogada na manhã desta quinta-feira (20) no âmbito de uma investigação contra seu marido, o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy (2007-2012), por suposto financiamento ilegal de sua candidatura vitoriosa ao Palácio do Eliseu.
O processo apura a mudança de versão do empresário franco-libanês Ziad Takieddine que, em 2020, afirmou ter entregado milhões de euros do ditador líbio Muammar Kadafi ao chefe de gabinete de Sarkozy.
Os investigadores querem esclarecer se pessoas do entorno de Sarkozy atuaram para que Takieddine se desmentisse.
Bruni foi ouvida como suspeita de envolvimento por, possivelmente, ter servido como ponte entre os envolvidos.
O motivo é sua ligação com Michèle Marchand, conhecida como Mimi, chefe da agência de paparazzi francesa BestImage.
Takieddine mudou de versão durante uma entrevista a um repórter da revista Paris Match com um fotógrafo da BestImage, afirmando que Sarkozy não havia recebido nada para sua campanha.
Depois, disse que sua fala foi distorcida e reiterou as acusações.
Marchand foi presa por manipulação de testemunha em 2021. Na ocasião, a ex-primeira-dama apagou todas as mensagens que havia trocado com ela, levantando as suspeitas dos investigadores.
Sarkozy, que nega todas as acusações, foi acusado de encobrir desvios de fundos, corrupção passiva e financiamento ilegal de campanha. Seu julgamento está previsto para 2025.
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