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Plebiscito por cidadania para imigrantes na Itália reúne 150 mil assinaturas

Plebiscito por cidadania para imigrantes na Itália reúne 150 mil assinaturas

Projeto mira reduzir pela metade o prazo exigido de estrangeiros

ROMA, 21 de setembro de 2024, 15:21

Redação ANSA

ANSACheck
Protesto em defesa do  'jus scholae ' em Roma - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Protesto em defesa do 'jus scholae ' em Roma - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

Uma petição em prol de um plebiscito na Itália para reduzir pela metade o prazo necessário para imigrantes obterem a cidadania já alcançou mais de 150 mil assinaturas.
    Atualmente, estrangeiros com mais de 18 anos podem se tornar italianos após residir no país de forma ininterrupta durante uma década, mas a iniciativa promovida pelo partido de centro Mais Europa busca diminuir esse período para cinco anos.
    "A legislação na Itália já foi assim entre 1865 e 1992, quando a lei número 91 introduziu uma penalização irracional contra cidadãos de fora da União Europeia", diz a proposta. Para convocar um plebiscito por vontade popular, são necessárias pelo menos 500 mil assinaturas.
    "Apenas em um dia, tivemos mais de 50 mil assinaturas. Já passamos de 150 mil, e precisamos de um esforço de todos nos próximos dias para chegar a 500 mil", disse o secretário do Mais Europa, deputado Riccardo Magi.
    Entre os que já apoiaram o projeto estão o técnico da seleção feminina de vôlei da Itália, Julio Velasco, medalhista de ouro nas Olimpíadas de Paris, e o cineasta Matteo Garrone. "É uma proposta inteligente para alinhar nossa lei àquelas de muitos outros países europeus", declarou o senador Ivan Scalfarotto, do partido de centro Itália Viva (IV).
    Além dos cinco anos de residência ininterrupta no país, o candidato precisaria comprovar conhecimentos intermediários de italiano e autossuficiência econômica.
    A iniciativa não aborda a questão do "jus scholae" ("direito escolar"), proposta que dominou o debate político na Itália nas últimas semanas e que prevê a concessão de cidadania para filhos de imigrantes nascidos no país e que tenham concluído pelo menos 10 anos de estudos escolares.
    O "jus scholae" é apoiado pelo partido governista Força Itália (FI), do ministro das Relações Exteriores e vice-premiê, Antonio Tajani, mas enfrenta resistência das legendas nacionalistas Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, e Liga, do também vice-premiê e ministro da Infraestrutura, Matteo Salvini.
    Segundo o Mais Europa, o "jus scholae" beneficiaria cerca de 135 mil jovens por ano, enquanto sua proposta englobaria um público de 2,5 milhões de indivíduos, incluindo imigrantes que moram na Itália há pelo menos cinco anos e seus filhos menores de idade.
   

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