(ANSA) - Um estudo científico apresentado nesta sexta-feira (21), na Câmara dos Deputados da Itália, demonstra que a dieta mediterrânea pode ser uma aliada expressiva na prevenção de tumores.
Essa alimentação consiste na abundância de produtos frescos, locais e sazonais, incluindo muitos vegetais, legumes, frutas frescas e secas, cereais não refinados e azeite de oliva, além do consumo moderado de laticínios, proteína animal e vinho.
"Cerca de 30% dos tumores podem ser atribuídos a hábitos alimentares pouco saudáveis. Melhorar a dieta pode reduzir 70% do risco de doenças oncológicas", disse a nutróloga, endocrinologista e pediatra Flavia Correale, autora do estudo.
"Nos últimos 20 anos, está emergindo o problema das doenças hepáticas, que atingem mais de 40% da população, mas a incidência é mais alta nas classes mais baixas, que têm maior consumo de 'junk foods' porque custam menos", acrescentou.
A deputada Maria Chiara Gadda, do partido Itália Viva (IV), destacou que "a dieta mediterrânea é, inclusive, um grande atrativo para o turismo enogastronômico e as exportações do Made in Italy".
Segundo estimativas apresentadas durante a sessão, a ampla adoção da dieta mediterrânea poderia economizar 21% dos gastos públicos com saúde, reduzir 47% das emissões de dióxido de carbono e 25% do consumo de água para fins alimentares, poupando 740 euros (R$ 3,9 mil) anualmente por pessoa.
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