(ANSA) - Um ataque a uma ponte na Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014, deixou duas pessoas mortas nesta segunda-feira (17).
As explosões mataram um casal, deixaram a filha deles ferida, e mais uma criança sofreu traumatismo craniano.
Segundo veículos de imprensa russos e ucranianos, duas explosões afetaram a estrutura. Ainda na madrugada, as autoridades russas informaram sobre bloqueios no trânsito da ponte por uma emergência, sem esclarecer os motivos.
Já pela manhã, o chefe do Executivo da Crimeia, Vladimir Konstantinov, acusou a Ucrânia. "O regime terrorista de Kiev cometeu o enésimo crime atacando a ponte. Deveria saber que é uma estrutura exclusivamente civil, mas coisas do tipo nunca impediram os terroristas", disse, em mensagem divulgada no Telegram.
Moscou, através da porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Maria Zakharova, afirmou que o ataque foi orientado pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido. "As decisões têm participação direta dos serviços secretos e políticos americanos e britânicos. Eles regem essa estrutura terrorista", acusou.
Kiev, por sua vez, confirmou a autoria do ataque. "Todos os detalhes do incidente serão revelados após a vitória da Ucrânia sobre a Rússia. Enquanto isso, observamos com interesse como um dos símbolos do regime Putin mais uma vez não conseguiu resistir aos ataques", declarou o porta-voz do Serviço de Segurança Civil da Ucrânia, Artem Dekhtyarenko, em entrevista à TV RBC-Ukraine.
Após o ataque, autoridades russas pediram que turistas na Crimeia voltem para casa passando por territórios ucranianos ocupados, para evitar o uso da ponte.
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