(ANSA) - O pesquisador da Universidade de Bolonha Patrick Zaki foi libertado no Egito nesta quinta-feira (20), um dia após ter recebido a graça do presidente Abdel Fattah al-Sisi.
O ativista pelos direitos humanos estava detido depois de ter sido condenado, na última terça (18), a três anos de prisão por publicar "notícias falsas" para "perturbar a paz social" e "incitar protestos contra as autoridades públicas".
No entanto, foi beneficiado pela graça presidencial de Sisi, general que governa o Egito com mão de ferro desde junho de 2014. Após deixar a Direção de Polícia de Nova Mansura, Zaki abraçou sua mãe, Hala, a namorada Reny Iskander, a irmã Marise e o pai George.
"Agora estou livre e quero voltar à Itália o quanto antes", afirmou o pesquisador e ativista. "Estou pensando em retornar a Bolonha para ficar com meus colegas de universidade", acrescentou. Na última quarta (19), ao comentar a graça, a premiê Giorgia Meloni disse que Zaki voltaria para a Itália já nesta quinta.
Segundo o embaixador egípcio em Roma, Bassam Rady, o perdão concedido por Sisi é um sinal de "apreço pessoal pela profundidade e força das relações" entre os dois países.
No entanto, outro caso segue fazendo sombra para a ligação Itália-Egito: em janeiro de 2016, o pesquisador italiano Giulio Regeni foi sequestrado, torturado e assassinado no Cairo, em um suposto crime político pelo fato de ele frequentar sindicatos contrários ao regime Sisi.
O Ministério Público de Roma já denunciou quatro agentes dos serviços secretos egípcios pela morte de Regeni, mas o processo está parado porque os acusados não foram encontrados para receber a notificação.
"Estamos muitos felizes pela libertação de Patrick Zaki, mas continuaremos lutando para obter plena verdade e justiça sobre o que aconteceu com Giulio Regeni", disse a secretária do centro-esquerdista Partido Democrático (PD), Elly Schlein. (ANSA)
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