(ANSA) - O pesquisador da Universidade de Bolonha Patrick Zaki, libertado no Egito após receber uma graça presidencial, decidiu nesta sexta-feira (21) adiar seu retorno à Itália.
A decisão foi anunciada após o ativista recusar um voo de Estado que havia sido disponibilizado pelo governo da premiê Giorgia Meloni porque não teria intenção de se reunir com autoridades italianas em Roma.
"Houve uma pequena mudança nos planos, pois soubemos que os documentos oficiais para suspender a proibição de viagens serão finalizados ao meio-dia de domingo", escreveu ele em seu perfil no Twitter.
De acordo com Zaki, sua viagem só acontecerá "depois disso para garantir que minha situação legal esteja 100% clara". "Não se preocupe Bolonha, chego em alguns dias, só temos que esperar mais dois dias", concluiu.
O ativista chegou a ficar um ano e 10 meses preso entre fevereiro de 2020 e dezembro de 2021, enquanto aguardava o processo, e teria de cumprir ainda mais 14 meses de reclusão por publicar "notícias falsas" para "perturbar a paz social" e "incitar protestos contra as autoridades públicas".
No entanto, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, concedeu uma graça, após intervenção da diplomacia italiana, e Zaki foi libertado.
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