(ANSA) - O Juiz de Audiência Preliminares (GUP) de Roma confirmou nesta segunda-feira (4) que vai julgar os quatro agentes dos serviços secretos do Egito pela morte do pesquisador italiano Giulio Regeni, brutalmente assassinado no Cairo em 2016.
A primeira audiência do julgamento foi marcada pelo juiz Roberto Ranazzi para acontecer em 20 de fevereiro no Tribunal de Justiça da capital italiana.
O general Tariq Sabir e os coronéis Athar Kamel Mohamed Ibrahim, Uhsam Helmi e Magdi Ibrahim Abdelal Sharif são acusados de sequestro qualificado, homicídio qualificado e lesões corporais qualificadas.
"Agradecemos a todos, hoje é um lindo dia", celebrou Paola Deffendi, mãe de Regeni.
O pesquisador vivia na capital do Egito para preparar uma tese sobre sindicatos independentes para a Universidade de Cambridge, mas desapareceu em janeiro de 2016. Ele havia sido visto pela última vez em uma linha de metrô, e seu corpo só foi encontrado mais de uma semana depois, com evidentes sinais de tortura.
O italiano frequentava organizações sindicais clandestinas e contrárias ao presidente autocrata Abdel Fattah al-Sisi, o que levantou a hipótese de crime político.
A acusação diz que os agentes seguiam os passos de Regeni desde o fim de 2015 e o abordaram na noite de 25 de janeiro de 2016, no metrô do Cairo. Em seguida, teriam conduzido o italiano contra sua vontade para uma delegacia e, depois, para um edifício onde ele ficaria nove dias em cativeiro.
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