(ANSA) - A advogada Yulia Navalnaya, viúva do ativista Alexei Navalny, acusou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de ter matado seu marido e declarou que dará continuidade ao trabalho do opositor, falecido na última sexta-feira (16).
As declarações de Navalnaya, de 47 anos, foram publicadas nas redes sociais. O vídeo tem cerca de nove minutos de duração e a russa endureceu o discurso em relação ao mandatário do país.
"Desejo viver em uma Rússia livre e quero construir uma Rússia livre. Peço que vocês fiquem ao meu lado e compartilhem a raiva comigo contra aqueles que ousaram matar o nosso futuro", disse.
Na gravação, a viúva de Navalny ainda afirmou que seu marido foi morto com novichok, uma substância neurotóxica que ataca o sistema nervoso e interrompe processos essenciais do corpo humano, como a respiração.
"Eles mentem maldosamente e escondem o seu corpo à espera que os vestígios de mais um envenenamento por Novichok de Putin desapareçam", declarou.
Por fim, a advogada garantiu que descobrirá quem teria matado Navalny e como o falecimento ocorreu. Ela prometeu que divulgará os nomes dos responsáveis e mostrará seus rostos.
A colônia penal onde Navalny estava encarcerado, que fica localizada nas proximidades do Círculo Polar Ártico, disse para a mãe do opositor que ele foi vítima de "síndrome de morte súbita", mas a família e aliados do dissidente acusam a Rússia de esconder seu corpo.
A porta-voz de Navalny, Kira Yarmysh, afirmou que o corpo do opositor só será devolvido à família nos próximos 14 dias. De acordo com os investigadores, o corpo do ativista será submetido a “testes químicos”.
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