(ANSA) - A morte de um casal na Itália entrou no centro de uma controvérsia internacional depois que o Irã se recusou a repatriar o corpo da vítima Vida Shahvalad, de 21 anos, classificando-a como "pecadora".
A jovem e o namorado, Vincenzo Nocerino, de 24 anos, morreram na noite entre a última sexta e o sábado passados (15 e 16), por inalação de monóxido de carbono.
Os dois estavam dentro do carro, em uma garagem fechada, com o motor ligado.
A estudante vivia na Itália por ser aluna de uma universidade de Caserta, e morava em Nápoles.
Rumores de que o casal estaria nu dentro do veículo levou a uma campanha de difamação contra Shahvalad, repercutindo na mídia iraniana e levando a polícia moral a classificá-la como de "moral fácil".
"Vida era como uma filha para mim, uma garota maravilhosa, e sua memória não merece ser denegrida e manchada. Alguns jornalistas iranianos, em vez de se informarem, acharam por bem destacar, com muita malícia, o fato de que os dois estavam juntos na garagem. Fui eu quem encontrou os jovens e eles estavam vestidos. Foi apenas uma terrível tragédia, chega de ataques", garantiu Alfredo Nocerino, pai de Vincenzo.
Após toda a controvérsia, a embaixada iraniana na Itália garantiu estar trabalhando "permitir o retorno dos restos mortais ao Irã o mais rápido possível".
Nocerino disse que Vida e o filho "se amavam": "Ela era respeitada e apreciada. A República Islâmica e a polícia moral de Teerã têm outra ideia do papel da mulher na sociedade".
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