(ANSA) - O guia supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu nesta terça-feira (2) "punir" Israel pelo ataque que matou pelo menos 13 pessoas na embaixada do país persa em Damasco, capital da Síria.
A ação é atribuída por Teerã ao "regime sionista" e mirou o edifício consular da sede diplomática. Entre as vítimas estão sete membros do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica e seis cidadãos sírios, segundo a mídia estatal do Irã.
"O regime malévolo de Israel será punido pelas mãos dos nossos valentes homens. Vamos fazer com que se arrependam desse crime", declarou Khamenei.
Já o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou que esse "crime covarde não ficará sem resposta". "Os sionistas precisam saber que não alcançarão seus objetivos atrozes por meio de atos desumanos, mas serão testemunhas do fortalecimento da resistência e do ódio das nações que buscam liberdade", salientou.
A pedido da Rússia, o Conselho de Segurança da ONU fará nesta terça-feira uma reunião aberta sobre o ataque em Damasco, que arrisca provocar uma escalada da tensão no Oriente Médio.
"Foi um ato de agressão e uma violação da lei internacional", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enquanto a China ressaltou que "a segurança das sedes diplomáticas não pode ser violada e que a soberania da Síria deve ser respeitada".
O porta-voz da União Europeia para política externa, Peter Stano, disse estar "alarmado com o suposto ataque israelense" e que é "importante mostrar moderação". "Uma nova escalada na região não é do interesse de ninguém", acrescentou.
Por sua vez, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, "condenou" o ataque e reiterou o "princípio da inviolabilidade das sedes diplomáticas".
O posicionamento está em uma nota divulgada pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, e também "convida todos os interessados a exercitar a máxima moderação e evitar uma nova escalada".
"Qualquer erro de cálculo poderia levar a um conflito mais amplo em uma região já instável, com consequências devastadoras para os civis", diz o comunicado. (ANSA)
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