A italiana Ilaria Salis, ativista antifascista em prisão domiciliar na Hungria por suposta agressão contra militantes de extrema-direita, retirou nesta sexta-feira (14) a tornozeleira eletrônica que monitorava seus deslocamentos.
A professora do ensino fundamental de Monza, de 39 anos, se elegeu pela sigla Aliança Verdes e Esquerda (AVS), de oposição ao governo da premiê Giorgia Meloni, para o Parlamento Europeu e, portanto, adquiriu imunidade parlamentar.
Segundo apuração da ANSA, a polícia húngara deixou a casa da italiana nesta manhã em Budapeste depois de lhe ter retirado a tornozeleira eletrônica. Ela havia sido acolhida por uma família italiana desde 23 de maio.
O pedido de libertação foi apresentado pelo seu advogado húngaro Gyorgy Magyar imediatamente após a sua eleição como eurodeputada, no último final de semana, quando seu partido recebeu mais de 175 mil votos.
A ativista precisou aguardar a proclamação e os documentos que certificavam a sua qualidade de deputada europeia para ser solta. Sua família já havia comprado passagens para comemorar seu 40º aniversário em Budapeste na próxima segunda (17), mas agora Salis poderá retornar à Itália.
A professora está sendo julgado na Hungria por supostamente fazer parte de uma gangue que tinha como alvos três neonazistas em 11 de fevereiro de 2023.
Suas condições na prisão suscitaram protestos por parte da Itália depois de Salis ter sido repetidamente levada a um tribunal com uma corrente e com as mãos e os tornozelos algemados, um procedimento que a Hungria diz ser padrão, mas que despertou indignação.
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