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Draghi defende decisão de retomar aulas presenciais na Itália

Draghi defende decisão de retomar aulas presenciais na Itália

Premiê deu coletiva também falando sobre os não vacinados

ROMA, 10 janeiro 2022, 18:51

Redação ANSA

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Draghi fez coletiva de imprensa sobre medidas da Covid-19 - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, deu uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10) em que defendeu o reinício do ano letivo de maneira presencial nas escolas, além de explicar alguns pontos do último decreto firmado pelo governo para combater a Covid-19.

"A escola é fundamental para a democracia e deve ser tutelada e protegida, não abandonada. Obrigado pelos esforços de hoje e das próximas semanas e meses. Provavelmente, haverá um aumento das classes de DAD [ensino a distância], mas nós rejeitamos esse recurso sendo usado de maneira generalizada", disse o premiê.

Na última semana, algumas regiões chegaram a decretar o atraso na retomada do ano letivo por conta da alta exponencial dos casos de Covid-19. No entanto, o governo Draghi recorreu judicialmente a decisão.

Os governadores, especialmente, da Campânia e da Sicília, afirmam que não é possível reabrir as classes nesse momento por conta da grande quantidade de funcionários que estão com teste positivo para a doença e pelo risco de um aumento ainda maior na disseminação do vírus. Porém, Roma se mantém firme na postura de não adiar as aulas e de fazer as aulas a distância apenas quando houver surtos pontuais nas escolas.

Na coletiva, Draghi afirmou que "há ainda motivações de efeito prático: se você pede para os jovens ficarem em casa, eles vão fazer esportes por toda a tarde e vão para a pizzaria? Não tem sentido fechar a escola antes de todo o resto". "Mas, se fechamos tudo, voltaremos ao ano passado e não há motivo para fazer isso", acrescentou.

Sobre a alta exponencial de casos, que faz com que a Itália tenha mais de dois milhões de pessoas infectadas com o coronavírus Sars-CoV-2, Draghi afirmou que "não se pode perder de vista a constatação" de que "grande parte dos problemas que temos hoje ocorre pelo fato do país ainda ter muitos não vacinados".

"Esse é o enésimo convite a todos os italianos que não se vacinaram, façam isso, também com a terceira dose. Fomos obrigados a estar entre os primeiros a adotar a obrigatoriedade [da vacina] porque agora a circulação do vírus coloca de novo nossos hospitais sob pressão, sobretudo, por causa da população não vacinada", acrescentou referindo-se às categorias profissionais que estão com obrigação de imunização e às pessoas com mais de 50 anos.

Sobre a escolha da faixa etária que terá vacinação obrigatória a partir de 1º de fevereiro, o premiê afirmou que a decisão foi tomada com "base nos dados" de que as pessoas com mais de 50 anos "correm mais riscos e as terapias intensivas estão com 2/3 de ocupação de não vacinados".
   

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