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Antivax disseminam fake news sobre morte de David Sassoli

Antivax disseminam fake news sobre morte de David Sassoli

Presidente do Parlamento Europeu faleceu aos 65 anos de idade

ROMA, 11 janeiro 2022, 13:42

Redação ANSA

ANSACheck

Homenagem a David Sassoli na sede do Parlamento Europeu © ANSA/EPA

Negacionistas da pandemia usaram a morte do presidente do Parlamento da União Europeia, o italiano David Sassoli, para fazer propaganda contra as vacinas anti-Covid nas redes sociais.

Logo após a notícia do falecimento do político de 65 anos, começou a circular no Twitter a hashtag #nessunacorrelazione ("nenhuma ligação"), impulsionada por ativistas antivax com base em informações falsas.

"Estranha coincidência... E vai saber quantos Sassoli existem na Itália", escreveu um usuário negacionista no Twitter. "Sassolinho, a vacina não protegia contra consequências graves? Que maravilha, estou muito feliz", acrescentou outra internauta.

Já o professor de filosofia do direito Paolo Becchi, signatário de um apelo contra o certificado sanitário anti-Covid na Itália, disse sentir "respeito" pela morte de Sassoli, mas questionou se ele não faleceu após a terceira dose da vacina. "Não tem nenhuma correlação? Por que não divulgam a autópsia? Ou sequer a fizeram? Vocês obrigam as pessoas a se vacinar e a morrer", escreveu.

O presidente do Europarlamento estava internado desde 26 de dezembro em um hospital oncológico de Aviano, que diz que a morte foi provocada por uma "grave complicação devida a uma disfunção no sistema imunológico".

O falecimento, no entanto, não tem nenhuma relação com a Covid ou com vacinas. Há cerca de 10 anos, Sassoli já havia passado por um transplante de medula devido a um mieloma, tipo de câncer que atinge os plasmócitos, células responsáveis pela produção dos anticorpos do sistema imunológico.

Já em setembro passado, foi internado com uma pneumonia provocada pela bactéria Legionella, o que comprometeu seu estado de saúde.

"Fui atingido de modo grave por uma pneumonia de Legionella. Tive febre altíssima, fui internado no hospital de Estrasburgo. Depois voltei à Itália para a recuperação, mas, infelizmente, tive uma recaída", disse o próprio Sassoli em um vídeo de 9 de novembro.

O presidente do partido de centro Itália Viva, Ettore Rosato, escreveu no Twitter que as manifestações dos antivax são "uma coisa nojenta". "Espero que a polícia postal intervenha rapidamente para fechar os perfis nas redes sociais e canais no Telegram desses delinquentes", acrescentou. (ANSA)

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