A taxa de internação de pacientes não vacinados contra a Covid-19 em UTIs na Itália é quase 40 vezes maior do que aquela referente às pessoas que já tomaram a dose de reforço.
As estatísticas foram divulgadas neste sábado (15) pelo Instituto Superior de Saúde (ISS), enquanto o governo tenta novas estratégias para imunizar os mais de 5 milhões de adolescentes e adultos que ainda estão sem cobertura vacinal.
Segundo o ISS, a taxa de internação de não vacinados em UTIs está atualmente em 26,7 para cada 100 mil habitantes, enquanto entre aqueles com o reforço o índice é de 0,9/100 mil, uma diferença de 38,1 vezes - a terceira dose já está disponível para todos os adultos na Itália.
No entanto, a taxa de internação também é baixa entre aqueles com primeiro ciclo de vacinação concluído, mas sem o reforço: de 1,7/100 mil para aqueles com o esquema inicial terminado há mais de 120 dias (índice 15,7 vezes menor na comparação com não vacinados), e de 1,1/100 mil para os que concluíram o primeiro ciclo há no máximo 120 dias (24,3 vezes menor).
Já a incidência de mortes por Covid entre não vacinados é de 42,4/100 mil habitantes, cifra 30,3 vezes maior do que entre imunizados com reforço (1,4/100 mil), 11,5 vezes maior do que entre os que tomaram só o primeiro ciclo há no máximo 120 dias (3,7/100 mil) e nove vezes maior do que os vacinados só com o esquema primário há mais de quatro meses (4,7/100 mil).
O estudo se baseia em dados coletados no período entre 19 de novembro e 19 de dezembro, no caso de internações, e entre 12 de novembro e 12 de dezembro, para os óbitos. Ou seja, ainda antes de a variante Ômicron se tornar predominante na Itália.
O relatório também mostra que a dose de reforço garante eficácia de 68,8% e 97,8% contra o contágio por Covid e casos graves da doença, respectivamente.
A Itália vive seu pior momento na pandemia em termos de contágios, porém as internações e mortes não cresceram no mesmo ritmo, o que se explica pelo fato de quase 80% da população já ter concluído o primeiro ciclo de vacinação. Além disso, 44% das pessoas tomaram a dose de reforço.
Ainda assim, o governo tornou obrigatória a imunização para maiores de 50 anos, faixa etária que ainda tem cerca de 2 milhões de indivíduos sem cobertura vacinal, e proibiu o acesso de pessoas não vacinadas ou que não estejam recém-curadas em locais como cinemas, academias, restaurantes, eventos esportivos e transportes públicos. (ANSA)
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