O governo italiano aprovou nesta sexta-feira (18) quase 6 bilhões de euros para ajudar consumidores e empresas afetadas pelo aumento nas contas de energia elétrica, como parte de um pacote no valor de 8 bilhões de euros para apoiar a economia.
A quantia se soma aos 10 bilhões já aprovados nos últimos meses para tentar amenizar a alta dos preços do petróleo e do gás.
O pacote de medidas foi anunciado pelo primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, durante entrevista coletiva, e inclui um fundo para promover a transformação do setor automotivo e o repasse de crédito para construção de bônus e superbônus, além de uma ajuda que irá para as famílias dos profissionais de saúde que morreram em decorrência da Covid-19.
Para as intervenções para reduzir as contas de energia, serão disponibilizados aproximadamente 5,8 bilhões de euros para o segundo trimestre, destinados para a eliminação dos encargos do sistema de eletricidade para residências e PMEs e empresas maiores, redução do IVA sobre o gás para 5%; redução dos encargos do gás; reforço do bônus social; crédito fiscal para empresas intensivas em energia e em gás.
"Os recursos não significarão desvio de gastos orçamentários, mas sairão das margens de crescimento das finanças públicas alcançadas no ano passado", especificou Draghi.
O premiê italiano explicou que agora estende as medidas para o segundo trimestre e amplia as medidas de redução de contas a favor de empresas e famílias que o governo implementou nos últimos meses para o primeiro trimestre.
"Então, o governo quer ajudar os cidadãos neste momento de dificuldade, quer intervir desde já para evitar que a subida do preço da eletricidade se traduza cada vez mais em menor poder de compra das famílias e em menor competitividade no que diz respeito às empresas", acrescentou.
Draghi defendeu ainda que é fundamental "intervir de forma estrutural para aumentar a produção de gás a nível nacional e simplificar e acelerar a instalação de sistemas de energias renováveis".
Questionado se o gabinete está disposto a reduzir os benefícios extras das empresas de eletricidade no mercado, ressaltou que espera "que os grandes produtores de energia partilhem o peso dos aumentos de preços com o resto do população".
Quanto à economia, ele disse que a Itália "está em uma fase de desaceleração do crescimento na Europa que, de acordo com as previsões até o momento, deve acelerar rapidamente a partir do segundo trimestre deste ano".
De acordo com o ministro da Economia, Daniele Franco, é preciso evitar que o impacto do custo da energia na economia italiana "seja muito negativo". (ANSA)
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