O governo italiano anunciará em breve uma série de "sanções sem precedentes" contra a Rússia após o presidente Vladimir Putin iniciar um ataque à Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24).
"O que está acontecendo é de uma gravidade extraordinária. Um pacote de sanções sem precedentes contra a Rússia e a economia russa está chegando", informou o ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, após reunião no Palazzo Chigi. "Todos reagiremos juntos".
O chanceler italiano explicou que o governo coordenou "as principais sanções a serem aprovadas nas próximas horas contra a Rússia", porque neste momento não há muito "espaço para diplomacia".
"Que espaço há agora para a diplomacia? É sempre o que esperamos, mas pragmaticamente hoje vejo muito poucos espaços. Agora é hora das sanções", enfatizou.
Segundo Di Maio, "Putin foi repetidamente convidado a evitar a escalada, enquanto estava reunindo tropas". No último mês, inclusive, os principais líderes do Ocidente, incluindo o premiê italiano, Mario Draghi, tentaram construir uma solução diplomática com Putin.
No entanto, "enquanto o Ocidente tentava encontrar uma solução, Putin estava acumulando tropas e, no final, decidiu intervir com este ataque militar, invadir a Ucrânia, atacar o povo e causar a morte de inocentes".
"Ninguém ousava dizer que um ataque seria provocado. Como comunidades ocidentais, sempre demos sinais de tranquilidade", acrescentou o político do Movimento 5 Estrelas (M5S).
Por fim, Di Maio pediu para todos os compatriotas italianos a deixar a Ucrânia, já que apenas 30 dos cerca de 2 mil decidiram sair do território.
Defesa -
O ministro da Defesa da Itália, Lorenzo Guerini, afirmou que "a Itália apoia plenamente as decisões tomadas pela Otan e participará nas medidas de reforço da dissuasão que a Aliança Atlântica previu".
Desta forma, o governo italiano expressou sua vontade de aumentar e alargar a presença no flanco leste - na Letônia e na Romênia -, e participar com os contingentes do país em mais missões de segurança no flanco sudeste.
"O instrumento militar italiano está claramente também envolvido em medidas para aumentar a prontidão operacional da aliança", concluiu Guerini. (ANSA)
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