Duas embarcações da Capitania dos Portos da Itália atracaram neste domingo (24) em Messina, na Sicília, com 179 pessoas resgatadas de um barco à deriva no Mar Mediterrâneo.
Ao todo, cerca de 500 migrantes foram salvos na operação, mas o restante foi distribuído entre outros dois portos na Sicília e um na Calábria. As embarcações que chegaram em Messina também carregavam cinco corpos de pessoas mortas por causas ainda não esclarecidas.
Além disso, mais de 20 barcos de migrantes chegaram neste domingo em Lampedusa, ilha italiana que fica mais perto do norte da África do que da Península Itálica, totalizando mais de 700 indivíduos.
Com isso, o centro de acolhimento de Lampedusa, que tem capacidade para 350 pessoas, abriga mais de 1,5 mil.
A Itália já recebeu 34.013 migrantes forçados via Mediterrâneo em 2022 (sem contar os números deste fim de semana), crescimento de 33% na comparação com o mesmo período de 2021, de acordo com o Ministério do Interior.
Os principais países de origem dos deslocados são Tunísia (6.209), Egito (5.991), Bangladesh (5.860), Afeganistão (3.292) e Síria (2.111). Geralmente, esses migrantes usam a Itália como porta de entrada na União Europeia e depois seguem para países ao norte.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), 828 pessoas já morreram ou desapareceram na travessia do Mediterrâneo Central em 2022.
O recrudescimento dos fluxos migratórios no sul da Itália deve ser um dos principais temas da campanha para as eleições antecipadas de 25 de setembro, que têm a extrema direita como favorita à vitória.
Tanto a deputada Giorgia Meloni, líder nas pesquisas, quanto o ex-ministro do Interior Matteo Salvini, terceiro colocado, prometem endurecer as políticas migratórias do país e barrar a entrada de pessoas resgatadas no Mediterrâneo. (ANSA)
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