A ilha italiana de Lampedusa continua a receber um grande fluxo de migrantes nesta segunda-feira (25) após um fim de semana com uma série de chegadas, que lotam o centro de acolhimento localizado na cidade.
Segundo a última atualização, há 1.871 pessoas no chamado "hotspot", que tem capacidade de acolhimento de apenas 350 pessoas. Até o momento, sete desembarques de barcos ilegais foram registrados no início dessa manhã.
Além disso, a ONG Ocean Viking informa que tem mais 268 pessoas resgatadas dentro de sua embarcação aguardando a orientação das autoridades italianas sobre onde desembarcar.
O Ministério do Interior da Itália irá transferir cerca de mil migrantes do hotspot da ilha de Lampedusa, dos quais 600 já partem esta noite com o navio "Diciotti".
As operações de esvaziamento de hotspost continuarão amanhã à noite e quarta-feira com o uso de balsas programadas e unidades navais da Marinha e da Guarda Costeira, segundo fontes da pasta.
O fluxo de travessia voltou a aumentar durante o período e o governo da Tunísia, com quem a Itália tem um acordo sobre o tema, disse que chegou a bloquear "19 travessias das fronteiras marítimas" entre sábado (23) e domingo (24). Nesses bloqueios, 215 pessoas foram resgatadas, sendo 116 de diversas nacionalidades africanas e o restante são tunisianos.
Conforme a última atualização do Ministério do Interior da Itália, 34.013 migrantes chegaram ao país até 22 de julho - número maior do que os 25.552 que desembarcaram no mesmo período de tempo em 2021.
Desses, 6.209 são da Tunísia, 5.991 do Egito, 5.860 de Bangladesh, 3.292 do Afeganistão, 2.111 da Síria, 1.299 da Costa do Marfim, 984 da Eritreia, 918 da Guiné, 762 do Irã, 692 do Paquistão e 5.895 de outras nacionalidades.
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