Os líderes da centro-direita da Itália confirmaram nesta quarta-feira (27) sua aliança para disputar as eleições gerais antecipadas de 25 de setembro e concordaram que, no caso de vitória, o nome do primeiro-ministro será indicado pelo partido que tiver obtido mais votos.
"A centro-direita chegou a um acordo completo e começou a trabalhar com o objetivo de vencer as próximas eleições e construir um governo estável e coeso, com um programa compartilhado e inovador", diz o comunicado conjunto.
O anúncio foi feito após reunião entre o ex-ministro do Interior e líder do partido ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, a deputada Giorgia Meloni, líder da legenda de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), o conservador Silvio Berlusconi, do Força Itália (FI), e outros representantes de pequenas siglas de direita.
O grupo se encontrou na Câmara dos Deputados em Roma, na capital da Itália, para preparar a campanha eleitoral para as eleições gerais de 25 de setembro, antecipadas depois da renúncia do premiê Mario Draghi.
Uma das principais questões debatidas foi quem elegeria o primeiro-ministro, caso a coalizão de direita consiga derrotar o bloco de centro-esquerda, segundo aponta as pesquisas de intenções de voto.
"A coligação proporá ao presidente da República, Sergio Mattarella, como primeiro-ministro o expoente indicado por aquele que tiver obtido mais votos", acrescentaram os expoentes da direita italiana no acordo.
De acordo com a coalizão, "foi encontrado um acordo para concorrer em conjunto nos 221 colégios uninominais, selecionando os candidatos mais competitivos com base no consenso atribuído aos partidos".
Desta forma, uma lista única será apresentada nos círculos eleitorais estrangeiros e a tabela do programa que tomará posse nas próximas horas".
Fontes oficiais divulgaram que a divisão dos grupos eleitorais definidos na cúpula de centro-direita prevê 98 assentos para o FdI , 70 para Liga, 42 para o Força Itália, incluindo o líder da União de Centro (UdC), e 11 para o Nós com Itália.
"A unidade de centro-direita é a melhor resposta possível às acusações e ataques, muitas vezes vulgares, de uma esquerda já desesperada, em uma coalizão improvisada, e que os italianos enviarão para casa em 25 de setembro", finalizaram.
Até o momento, Meloni lidera as pesquisas de intenções de voto, apesar de aparecer em empate técnico com o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda. Como o FdI integra a coalizão conservadora que, segundo as sondagens, poderia obter maioria no Parlamento, a deputada surge como favorita à sucessão de Draghi. (ANSA)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA