Seis migrantes sírios morreram "de fome e de sede" em um barco clandestino enquanto se dirigiam para a Itália, informou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) no país nesta segunda-feira (12).
Entre as vítimas, estão duas crianças de um e dois anos, e um adolescente.
Segundo a representante da Acnur na Itália, Claudia Cardoletti, outros 26 sobreviventes estão sendo atendidos em Pozzallo e "muitos dos quais apresentam condições extremamente graves, incluindo queimaduras".
"Essa inaceitável perda de vidas humanas e o fato que o grupo permaneceu diversos dias à deriva antes de ser socorrido evidenciam mais uma vez a urgente necessidade de retomar um mecanismo de busca e socorro rápido e eficiente, guiado pelos Estados do Mediterrâneo. O socorro no mar é um imperativo humanitário firmemente enraizado no direito internacional", pontuou.
"Ao mesmo tempo, é necessário fazer mais para ampliar os canais seguros e regulares, além de criar novos, para fazer com que as pessoas que fogem das guerras e das perseguições possam encontrar segurança sem colocar suas vidas novamente em risco", pontuou Cardoletti.
A representante da Acnur ainda lembrou que, só em 2022, mais de 1,2 mil pessoas morreram ou estão desaparecidas ao tentarem atravessar o Mar Mediterrâneo para chegar à Europa.
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