A Liga, partido de ultradireita do ex-ministro do Interior, Matteo Salvini, e os Irmãos da Itália (FdI), de Giorgia Meloni, desrespeitaram neste sábado (24) o silêncio eleitoral, que impede qualquer campanha política, para atacar o comício final do Partido Democrático (PD), realizado ontem na Piazza del Popolo, no centro histórico de Roma.
Em publicação no Instagram, a legenda de Salvini, que faz parte do bloco de centro-direita junto com FdI e o conservador Força Itália, de Silvio Berlusconi, disse que o ex-premiê e líder da centro-esquerda, Enrico Letta, encerrou sua campanha eleitoral com "um fracasso", diante de uma bandeira da União Soviética.
De acordo com o partido de Salvini, o PD "abriu esta campanha eleitoral com um de seus altos executivos gritando na rua de joelhos, vou te matar, vou atirar em você, continuou com as candidaturas de ódio de Israel, caracterizada pela lama, falsidades, desejo de novos impostos e mais desembarques, e a escolha de evitar o confronto com a Liga".
"Ontem, Letta encerrou com um fracasso na Piazza del Popolo diante de uma bandeira da União Soviética. A bandeira comunista é finalmente uma pequena grande verdade: lembra a todos que foi o único partido a ter coletado rublos sangrentos, além da interferência russa em 2022", acrescentou o perfil oficial da Liga, ressaltando que "amanhã os italianos decidirão".
Já a sigla de Meloni enfatizou que "bandeiras vermelhas com foice e martelo na Piazza del Popolo" foram autorizadas pelos dirigentes do PD. "O coordenador regional do PD Astorre nega ter autorizado a trazer os símbolos de uma ditadura sangrenta que produziu milhões de mortes no mundo", declarou o líder do FdI na Câmara, Francesco Lollobrigida.
Segundo Lollobrigida, Astorre "negará prontamente ter permitido tal desfiguração e quererá reafirmar a sua posição que o tem visto histórica e culturalmente nos antípodas das posições que aquelas bandeiras representar e expressar".
A Itália se prepara para ir às urnas neste domingo (25) para as eleições parlamentares antecipadas e hoje cedo começou a vigorar a lei do silêncio eleitoral. (ANSA)
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