As ONGs do Mediterrâneo já salvaram mais de 10 mil migrantes em 2022, um crescimento expressivo de 66,7% em relação aos 6 mil que haviam sido resgatados no mesmo período de 2021.
Atualmente, sete navios humanitários estão em operação no Mar Mediterrâneo, grupo que em breve deve ganhar a companhia do Sea Watch 5, da ONG alemã Sea Watch, com capacidade para até 500 pessoas.
Desde o início de 2022, a Itália já recebeu 71,3 mil migrantes forçados via Mediterrâneo Central, um crescimento de 54% sobre o mesmo período do ano passado. Esse número também já é maior que o total de chegadas registradas em 2021 inteiro: 67 mil.
Dos mais de 71 mil deslocados internacionais que desembarcaram em solo italiano em 2022, cerca de 35 mil foram resgatados no mar - além de navios de ONGs, a cifra engloba embarcações da Guarda Costeira, da Guarda de Finanças e mercantis. A outra metade chegou ao país de forma autônoma, sem a necessidade de uma operação de resgate.
As principais nações de origem dos migrantes são Tunísia (14,6 mil), Egito (14,2 mil), Bangladesh (10,9 mil), Afeganistão (5,4 mil) e Síria (5,3 mil).
O tema da imigração sempre foi um dos cavalos de batalha de Giorgia Meloni, futura premiê da Itália e que tem como promessa de campanha impor um bloqueio naval contra barcos clandestinos no Mediterrâneo.
A expectativa é de que, uma vez no poder, a líder de extrema direita endureça as políticas migratórias do país, assim como seu aliado Matteo Salvini fez entre 2018 e 2019, quando era ministro do Interior. (ANSA)
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