A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu nesta quinta-feira (3) com os líderes das instituições europeias em Bruxelas, durante sua primeira missão internacional após ter assumido o governo.
"Queria organizar a primeira visita institucional do governo aqui em Bruxelas para dar o sinal de uma Itália que quer participar, colaborar e defender o interesse nacional na dimensão da UE junto com outros países", declarou a líder da extrema direita italiana.
Historicamente eurocética, Meloni encontrou os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, para debater medidas de interesse comunitário.
Segundo a italiana, parece que "foi criado um diálogo muito franco, muito positivo", principalmente no que diz respeito à necessidade de "dar a primeira passo concreto" para a solução "sobre a crise energética e sobre o teto no preço do gás".
"Acredito que nos vermos de perto pode ajudar a mudar a narrativa feita sobre mim e sobre o governo italiano. Não somos marcianos, somos pessoas em carne e osso. pessoas que quiseram ouvir", enfatizou Meloni após se reunir com Michel.
A premiê da Itália explicou ainda que debateu com os líderes europeus sobre a crise migratória e "o pedido italiano de mudança de ponto de vista".
"A prioridade para nós passa a ser uma prioridade que já está prevista na regulamentação europeia, que é a defesa das fronteiras externas", acrescentou ela, que também teve um almoço informal com o comissário para a Economia da UE, Paolo Gentiloni.
No encontro "agradável e respeitoso", Meloni e Gentiloni, bem como Michel, Von der Leyen, também debateram todas as emergências do momento, incluindo Plano Nacional de Recuperação e Resiliência (PNRR), energia, guerra na Ucrânia e as novas regras do pacto de estabilidade.
"Obrigada, Giorgia Meloni, pelo forte sinal lançado com sua visita às instituições europeias em sua primeira viagem ao exterior. Foi uma boa oportunidade para trocar opiniões sobre questões críticas que vão desde o apoio à Ucrânia, energia para a Itália e migração", escreveu a presidente da Comissão Europeia no Twitter.
Já a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, reforçou que "a Itália sempre desempenhou um papel central na UE". "Mais do que nunca - com a invasão russa da Ucrânia, a disparada dos preços da energia e o aumento da inflação - devemos permanecer unidos, juntos".
Meloni se reuniu com Metsola mais cedo e demonstrou o seu compromisso com a UE e confirmou que a Itália continuará a jogar um papel central no processo de tomada de decisão da UE", segundo fontes internas. (ANSA)
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