A França recusou a entrada de 123 dos 234 migrantes forçados resgatados pelo navio Ocean Viking, da SOS Méditerranée, no Mediterrâneo Central no fim de outubro.
A embarcação foi pivô de uma crise diplomática com a Itália, que se recusou a abrir seus portos para os deslocados internacionais, embora fosse o local seguro mais próximo, forçando sua navegação até a cidade francesa de Toulon, a cerca de mil quilômetros de distância.
No entanto, de acordo com o Ministério do Interior francês, 123 migrantes tiveram sua entrada recusada e provavelmente serão deportados para seus países de origem. Das 234 pessoas salvas pelo Ocean Viking, 45 são menores de idade desacompanhados e foram encaminhados para centros sociais.
As outras 189 estão em uma "área de espera" em Toulon, onde passaram por audiências com o órgão dedicado à proteção de refugiados e apátridas, que emitiu 123 pareceres desfavoráveis para os pedidos de asilo e 66 favoráveis à admissão no território da França.
Os indivíduos que tiveram suas solicitações acolhidas poderão ser realocados em 11 países europeus que se ofereceram voluntariamente para recebê-los, incluindo Alemanha e Portugal.
Por conta da crise em torno do Ocean Viking, a França suspendeu o acolhimento de 3,5 mil solicitantes de refúgio que vivem na Itália e aumentou os controles na fronteira entre os países. Já a premiê Giorgia Meloni qualificou a reação de Paris como "agressiva e injustificável".
No entanto, agora o Palácio do Eliseu já fala em "continuar a cooperação" na questão migratória. (ANSA)
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