Em visita a Milão, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesta quarta-feira (7) que a Itália é o "exemplo perfeito" de como buscar novos fornecedores para evitar problemas no abastecimento de gás natural.
De acordo com a chefe do poder Executivo da UE, o país conseguiu "reduzir as importações de gás [russo] de 40% para 10%, graças a um esforço impressionante para diversificar os fornecedores".
"A Itália é um dos países mais atingidos pela chantagem russa sobre o gás e um exemplo perfeito de como gerir e compensar o fato de que Putin cortou as exportações via gasodutos em 80% nos últimos oito meses", afirmou Von der Leyen durante um discurso na Universidade Bocconi.
A Itália foi um dos primeiros países da União Europeia a preencher seus estoques de gás natural para o inverno, graças a um intenso trabalho para aumentar as importações de outros produtores, como Angola, Argélia, Azerbaijão e República do Congo.
Roma também lidera a campanha na UE em defesa da imposição de um teto nos preços da commodity, medida que ainda encontra resistência em países como a Alemanha. "Propusemos um mecanismo de correção do mercado de gás, coisa que a Itália pede desde o começo", explicou Von der Leyen.
A proposta da Comissão Europeia prevê um teto de 275 euros por megawatt-hora, mas desde que os preços na bolsa de Amsterdã ultrapassem essa barreira por duas semanas seguidas.
O valor é considerado alto pela Itália e por outros Estados-membros, que agora discutem um plano da República Tcheca que abaixaria o teto para 220 euros/MWh. (ANSA)
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