(ANSA) - Um adulto e um bebê de cerca de um ano morreram afogados após um naufrágio na costa de Lampedusa, ilha italiana que é porta de entrada para migrantes e refugiados na União Europeia, nesta sexta-feira (6).
O incidente ocorreu a 38 milhas náuticas (61 quilômetros) da orla, e os corpos foram recuperados por barcos de patrulha da Guarda Costeira.
Cerca de 30 migrantes foram resgatados com vida, incluindo outro bebê recém-nascido que teve de ser reanimado, e o caso está sob investigação do Ministério Público.
Logo após, o corpo de uma mulher foi recuperado por um barco de pesca tunisiano, elevando para três o número de vítimas.
"Estamos em uma guerra que muitos ignoram ou fingem ignorar. É necessária uma lei especial para Lampedusa para ajudar concretamente a administrar esse fenômeno", disse o prefeito Filippo Mannino, que ainda cobrou uma visita do ministro do Interior, Matteo Piantedosi. "Venha aqui ver pessoalmente", pediu.
Com 390 vagas, o centro de acolhimento da ilha conta atualmente com mais de 1,3 mil migrantes forçados.
Em 2022, a Itália recebeu cerca de 105 mil deslocados internacionais via Mediterrâneo, um crescimento de mais de 50% na comparação com o ano anterior, segundo o Ministério do Interior.
Considerando apenas os cinco primeiros dias de 2023, são 2,6 mil migrantes, quase seis vezes mais que no mesmo período do ano passado. (ANSA)
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