(ANSA) - No Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, e diversas outras autoridades do país recordaram nesta sexta-feira (27) as milhões de pessoas que faleceram pelas mãos dos nazistas.
O chefe de Estado italiano declarou que o passar dos anos "não diminuiu o sentimento de desânimo, vazio e dor" das vítimas. Ele também declarou que os campos de concentração foram "a consequência extrema de impulsos anti-históricos e anticientíficos".
"Todos os anos, o Dia da Memória nos recorda e faz refletirmos sobre os trágicos acontecimentos que atingiram a Europa. Sempre fazemos essas lembranças com a alma cheia de angústia e reprovação", declarou.
Em seu discurso, Mattarella comentou que as atuais "sangrentas guerras de agressão e execuções sumárias" estão ameaçando o mundo. O mandatário italiano ainda alertou sobre o "preocupante ressurgimento" do antissemitismo, da intolerância, do racismo e do negacionismo.
Já a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou que os trágicos acontecimentos nos campos de concentração nazistas representaram "o abismo da humanidade".
"Um mal que também tocou profundamente nossa nação com a infâmia das leis raciais de 1938. É nosso dever garantir que a memória daqueles eventos e do que aconteceu não seja reduzida a um mero exercício", disse a premiê.
A política ainda destacou que é um dever da sociedade e das entidades educativas sensibilizar as gerações mais novas e "intensificar o esforço para combater o antissemitismo".
Ao longo do dia, a Itália organizará inúmeras exposições, concertos e apresentações de livros para celebrar a data e relembrar as vítimas do Holocausto.
Papa Francisco
O papa Francisco aproveitou a data para confirmar que "não pode haver fraternidade sem primeiro dissipar as raízes do ódio e da violência".
"A memória do extermínio de milhões de judeus e de outras religiões não pode ser esquecida nem negada. Não pode haver fraternidade sem primeiro dissipar as raízes do ódio e da violência que alimentaram o horror do Holocausto", escreveu o líder da Igreja Católica.
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