(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu nesta sexta-feira (3) com o chanceler alemão, Olaf Scholz, em Berlim, e anunciou que os dois países vão manter o apoio à Ucrânia, alvo de uma invasão russa desde 24 de fevereiro de 2022, pelo "tempo que for preciso".
"Existe uma forte harmonia entre a Itália e a Alemanha, que têm trabalhado para apoiar a autodefesa de Kiev", explicou a premiê italiana em coletiva de imprensa conjunta, reforçando que os dois países vão continuar a ajudar "enquanto for necessário".
Segundo Meloni, "a Itália fez todos os esforços para dar uma mão a 360 graus" para apoiar Kiev e revelou que visitará a capital ucraniana antes de 24 de fevereiro, quando a guerra deflagrada pelo regime de Vladimir Putin completará um ano.
"Estamos trabalhando com a França na defesa antimísseis, chegamos ao nosso sexto pacote de ajuda. Estamos aqui e não deixaremos de dar o nosso apoio para chegar ao diálogo. Vamos ajudar a Ucrânia a trazer os atores para a mesa [de negociação]", acrescentou.
A líder do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI) enfatizou ainda que, "em respeito a uma paz justa, os esforços para o diálogo devem ser intensificados", mas "se pensarmos que podemos impedir que um povo seja livre, a paz não chegará". "O único caminho que temos é ajudar a Ucrânia".
Além disso, os dois líderes garantiram que as nações são ligadas por uma relação bilateral que se estende a quase todos os setores, "uma parceria com uma forte interligação econômica, duas economias complementares".
"A nossa cooperação é essencial para soluções europeias em questões complexas nestes tempos, estou pensando no próximo Conselho Europeu sobre a Ucrânia e na competitividade do sistema econômico europeu", explicou ela.
Por sua vez, Scholz afirmou que vê "um acordo na política externa e de segurança e garantiu que a "Itália e Alemanha apoiam a Ucrânia na defesa contra a agressão da Rússia e estamos determinados e unidos com os estados da Otan no apoio à Ucrânia.
Por fim, concluíram que a crise migratória é "um desafio que só podemos superar juntos na Europa". Para o alemão, é importante que ambos trabalhem por um "sistema comum de asilo baseado em nossos valores de democracia e direitos humanos, com o equilíbrio certo entre responsabilidade e solidariedade".
"Aqueles que não têm o direito devem poder retornar ao seu país de origem. Também deve ficar claro que deve haver formas legais de entrar na UE porque precisamos de mão de obra na Europa", finalizou Scholz.
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