(ANSA) - A polícia do Irã confiscou a placa do Prêmio Sakharov 2023, concedido pela União Europeia de forma póstuma à jovem Jina Mahsa Amini, cuja morte provocou uma onda de protestos no país persa em 2022.
A denúncia foi feita neste sábado (23) por ativistas curdos pelos direitos humanos, que disseram que o advogado da família de Amini, Mohammad Saleh Nikbakht, foi abordado e interrogado na noite de sexta-feira (22) no Aeroporto Internacional Imã Khomeini, em Teerã.
Saleh Nikbakht havia acabado de chegar da França, onde recebera o prêmio em nome da família, proibida de ir a Estrasburgo para a cerimônia. Além da placa, a polícia confiscou o celular e o passaporte do advogado.
O Prêmio Sakharov é a maior honraria da UE para reconhecer a liberdade de pensamento e a batalha pelos direitos civis.
Mahsa Amini era uma jovem curda de 22 anos que foi presa pela polícia em Teerã, capital do Irã, em 13 de setembro de 2022, por supostamente ter desrespeitado as regras sobre o uso do véu islâmico.
A jovem morreu em um hospital três dias depois de sua detenção devido a agressões sofridas sob custódia policial. A morte de Amini desencadeou uma onda de protestos contra o regime teocrático em vigor no Irã desde 1979, o uso obrigatório do véu e a discriminação de gênero, sob o slogan "Mulher, Vida e Liberdade". (ANSA)
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