(ANSA) - O último carcereiro do ditador Benito Mussolini (1883-1945), Ferdinando Tascini, completou 101 anos de idade em sua casa em Città di Castello, perto da Perúgia, capital da região da Úmbria.
Tascini é conhecido pela “missão especial e secreta” para a qual foi convocado durante a Segunda Guerra Mundial, quando foi carcereiro em Campo Imperatore, hotel convertido em prisão que deteve o ditador italiano entre agosto e setembro de 1943.
Ao fim desse período, Mussolini, levado à prisão após a votação de desconfiança do Grande Conselho Fascista em julho daquele ano, foi resgatado em um audacioso ataque aéreo da Alemanha, inconformada com o armistício assinado pelo governo italiano com os Estados Unidos.
Ferdinando Tascini relatou à mídia local: "Eu estava no meu quarto quando ouvi pessoas gritando 'eles estão chegando'. Mussolini esperava os americanos, mas no fim foram os alemães".
O ataque ao Gran Sasso (com o codinome "Operação Carvalho", dado pelo exército alemão) foi uma operação bem-sucedida realizada por paraquedistas alemães e comandos da Waffen-SS, pessoalmente ordenada por Adolf Hitler.
Tascini comemorou o aniversário com filhos, netos e bisnetos. "Se cheguei até aqui, devo agradecer a Deus, depois à minha família, a verdadeira essência da vida, o lugar onde vivi, o campo, a boa comida e muito, muito trabalho", disse.
Ele não esconde que ainda tem um sonho a realizar: poder apertar a mão do presidente da República, Sergio Mattarella: "Seria realmente bom poder falar com o nosso presidente, ponto de referência e orgulho para todos nós, assim como a bandeira tricolor e a Constituição, que sempre foi e será para mim e para minha família o farol da vida que nos guia, do qual devemos nos orgulhar".
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