Retratando um urso-polar dormindo em uma cama escavada em um pequeno iceberg à deriva, a foto que promete se tornar um ícone da transformação do Ártico é a vencedora do Wildlife Photographer of the Year People's Choice Award, o concurso internacional promovido desde 1965 pela revista BBC Wildlife Magazine e ao qual o Museu de História Natural de Londres se juntou desde 1984.
As fotos estarão em exposição aqui até 30 de junho. Algumas fotos do concurso, juntamente com as da edição de 2023, estão atualmente em exibição na Itália, em Valle d'Aosta, no Forte de Bard, onde permanecerão até 2 de junho de 2024.
Uma tartaruga brincando com um inseto e duas leoas acariciando um filhote estão entre as quatro fotos finalistas, juntamente com um pássaro com asas abertas desenhado por um bando no céu de Roma e uma espetacular aurora polar iluminando águas-vivas.
As cinco fotos foram selecionadas de uma lista de 25, das mais de 75 mil que participaram do concurso de todo o mundo.
Intitulada "Cama de Gelo", a foto do urso polar adormecido foi tirada no arquipélago norueguês de Svalbard por Nima Sarikhani. "É uma imagem que nos permite ver a beleza e a fragilidade do nosso planeta", observa o diretor do Museu, Douglas Gurr. "É uma imagem provocativa, que lembra a conexão entre um animal e seu habitat" e ao mesmo tempo representa, acrescenta, "os perigosos impactos do aquecimento global e da perda de habitat".
A "Tartaruga Feliz" é o nome da primeira das quatro fotos finalistas, tirada por Tzahi Finkelstein em Israel, que imortaliza uma tartaruga que parece sorrir e brincar com a libélula que pousou em seu bico.
A "Murmuração dos Estorninhos" é a foto tirada em Roma, na qual Daniel Dencescu conseguiu capturar o momento em que um bando de estorninhos assume a forma de um grande pássaro. "Murmuração" é o termo comum para o ruído dos chamados das aves no bando.
Mark Boyd intitulou "Parentalidade Compartilhada" a foto tirada no Quênia, na qual duas leoas cuidam de um filhote, nas primeiras horas da manhã.
A quarta finalista é "Águas-vivas da Aurora", na qual Audun Rikardsen capturou, em um fiorde norueguês, duas águas-vivas quadrifólias iluminadas pelos reflexos de uma espetacular aurora boreal. É comum que essas águas-vivas se reúnam em centenas, atraídas pela luz das auroras.
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