O papa Francisco afirmou que sente falta de andar pelas ruas de Roma ao responder uma carta do jornalista Javier Martínez Brocal, que o flagrou nesta semana em uma loja de discos da capital italiana.
"O que eu sinto mais falta nessa diocese [de Roma] é não poder mais andar pelas ruas, como fazia em Buenos Aires, caminhando de uma paróquia para outra", escreveu ao diretor espanhol da agência Rome Reports.
Brocal havia publicado um "carta" para o Pontífice para dizer que ele fica triste ao saber que um "amante da liberdade", como o líder católico, "seja obrigado a ficar fechado em casa porque cada vez que se move, é surpreendido por uma câmera". Mas, acrescentou que as notícias dessas saídas improvisadas de Francisco "nos fazem sorrir em um momento no qual se fala só de tragédias".
Jorge Mario Bergoglio agradeceu o jornalista por seu "nobre e belíssimo" texto e brincou que "não se pode negar a 'mala suerte' [má sorte] de que, depois de ter tomado todas as precauções, havia um jornalista que esperava uma pessoa no ponto de táxi".
"Mas, não podemos perder o nosso senso de humor", disse ainda o líder católico encorajando Brocal "a sempre cumprir com a própria vocação" de jornalista, "mesmo que isso signifique colocar o Papa em dificuldades".
As saídas de surpresa do Papa eram mais comuns antes da pandemia de Covid-19, como quando ele foi para uma ótica em 2015 ou a uma loja de produtos ortopédicos em 2016.
Na última terça-feira (11), por volta das 19h, Bergoglio foi até a loja de discos Sterosound para dar uma bênção pela reforma do espaço. Francisco é cliente há anos do local, sendo amigo dos donos, e frequentava o estabelecimento sempre que visitava Roma ainda quando era padre em Buenos Aires.
Quando estava saindo da rápida visita, que durou cerca de 15 minutos, Brocal flagrou o líder católico. À ANSA, a sala de imprensa vaticana informou que ele foi fazer uma visita rápida e que saiu de lá com um disco de música clássica de presente.
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