(ANSA) - A Companhia de Jesus, ordem de origem do papa Francisco, anunciou nesta quinta-feira (15) a expulsão do padre esloveno Marko Rupnik, que é acusado de abuso sexual.
Ícone da arte sacra contemporânea, o jesuíta é fundador do Centro de Arte Espiritual Aletti, escola responsável pela nova decoração em mosaicos da fachada do Santuário Nacional de Aparecida, principal templo católico do Brasil.
"Informamos com o coração entristecido que, em 9 de junho de 2023, o superior-geral [Arturo Sosa Abascal] demitiu da Companhia de Jesus o padre Marko Ivan Rupnik. Isso foi feito em conformidade com o direito canônico, devido à sua obstinada recusa em observar o voto de obediência", afirmou uma nota da ordem jesuíta.
Diversas freiras acusam Rupnik de abuso sexual, psicológico e de poder, e o responsável pelo inquérito contra ele na Companhia de Jesus, Johan Verschueren, disse que o grau de credibilidade das denúncias é "muito alto".
"Impusemos a Marko Rupnik que mudasse de comunidade e aceitasse uma nova missão, na qual oferecemos a ele uma última possibilidade como jesuíta de acertar as contas com o próprio passado para entrar no caminho da verdade. Diante da reiterada recusa de Marko Rupnik de obedecer a essa ordem, nos restou somente uma solução: sua saída da Companhia de Jesus", afirmou Verschueren.
O esloveno recebeu o decreto de expulsão na última quarta-feira (14) e tem 30 dias a partir dessa data para recorrer. (ANSA)
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