(ANSA) - A saúde pública de Portugal foi novamente paralisada por uma greve de médicos, convocada na terça-feira (25) e que deve durar até quinta (27).
A paralisação foi convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e se somou a outro movimento de profissionais da saúde que decidiram passar um mês recusando horas extras, desde a última segunda (24).
O governo prometeu enviar uma proposta salarial ainda nesta quarta-feira (26), e as reuniões de negociação devem ser retomadas na sexta (28), mas os médicos já anunciaram uma nova greve para os dias 1º e 2 de agosto.
A iniciativa preocupa o país porque a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023, com a visita do papa Francisco, está marcada para começar em Lisboa justamente no dia 1º. Até 6 de agosto, a cidade espera receber 1,5 milhão de peregrinos.
Segundo o sindicato, nesta semana a adesão chegou a cerca de 90%, fechando blocos cirúrgicos e levando ao adiamento ou cancelamento de cerca de 70 mil consultas.
Os profissionais pedem aumento dos salários, acompanhando a subida da inflação no país, e afirmam que têm precisado acumular horas extenuantes de trabalho para conseguir fechar as contas.
Parlamentares de esquerda do país, em oposição ao governo social-democrata de Marcelo Rebelo de Sousa, propõem um aumento de 40% para os médicos que aceitarem trabalhar exclusivamente no Sistema Nacional de Saúde.
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