(ANSA) - Análises de segurança de Portugal levaram a um aumento da classificação do risco de "ações de pessoas com perturbações mentais, 'lobos solitários', motivadas ou não ideologicamente", e de protestos ilegais e violentos por causa da iminência da realização da Jornada Mundial da Juventude 2023, entre 1º e 6 de agosto, em Lisboa.
Segundo o jornal português Diário de Notícias, o Serviço de Informações de Segurança (SIS) colocou as ameaças no grau 3 de uma escala de 5, classificando o risco como "significativo".
Normalmente, o grau para esse tipo de ação no país é 4, considerado "moderado".
Estudos feitos pelo SIS não apontaram nenhum indício definido para a concretização desses cenários, mas a avaliação considerou que, diante da grande cobertura midiática da JMJ, grupos podem decidir radicalizar suas ações em busca de repercussão.
A análise ainda pode ser alterada porque outras avaliações de segurança serão feitas até a data do evento.
O relatório do SIS aponta ainda que a visita do papa Francisco a Portugal exige "uma operação de segurança complexa" por ser um evento que se estende ao longo de vários dias e por envolver uma série de deslocamentos.
O texto da avaliação diz que foram levados em conta fatores como "o atual contexto geopolítico da Europa, o elevado número de participantes, os eventos ao ar livre, a dispersão de milhares de jovens por diversos pontos do país na semana anterior ao evento e o caráter ecumênico inerente" à JMJ.
O documento será distribuído a todas as forças de segurança do país que atuarão na Jornada.
Segundo o jornal português Expresso, a segurança pessoal do Papa será feita exclusivamente pela Guarda Suíça, força de segurança a serviço do Vaticano, com 30 agentes sempre ao lado do pontífice, especialmente nos momentos de interação com o público.
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS © Copyright ANSA