(ANSA) - O presidente da Conferência Episcopal Italiana e enviado do Vaticano, cardeal Matteo Zuppi, afirmou nesta sexta-feira (15) que teve uma "discussão franca" sobre a guerra na Ucrânia durante sua missão na China.
Antes de dar mais detalhes sobre sua passagem pelo território chinês, Zuppi chegou a Palermo diretamente de Pequim, com escala em Istambul, na Turquia, para participar de uma missa para recordar dos 30 anos do assassinato do padre Pino Puglisi.
"Houve grande atenção por parte do governo chinês. Uma discussão franca com o enviado para a Ucrânia, com uma importante troca de pontos de vista também sobre as perspectivas para o futuro", afirmou Zuppi em entrevista ao TG2000.
"Todos devem avançar na mesma direção, que é encontrar a chave para uma paz justa e segura", acrescentou o religioso.
O enviado do Vaticano também mencionou que a abertura do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para uma conversa é "importante", pois a "paz se alcança através do diálogo e da descoberta dos espaços possíveis e necessários".
A missão de Zuppi na China tinha o objetivo de buscar pelo diálogo e, a curto prazo, a solução de algumas emergências humanitárias causadas pelo conflito.
Antes da China, o cardeal já havia passado por Kiev, Moscou e Washington para identificar iniciativas que possam abrir caminhos para a paz no território ucraniano.
Desde o início da guerra russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, Pequim adotou uma postura de "neutralidade" e se absteve de condenar Moscou e fornecer cobertura diplomática, embora sua posição oficial é conseguir um cessar-fogo e uma solução política para a crise.
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