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Popularidade do Papa despenca na Ucrânia após fala sobre Rússia

Popularidade do Papa despenca na Ucrânia após fala sobre Rússia

Francisco foi criticado e considerado 'pró-Moscou'

BERLIM, 12 setembro 2023, 08:26

Redação ANSA

ANSACheck

Francisco já fez inúmeros apelos a favor da Ucrânia - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS

A popularidade do papa Francisco despencou entre o povo ucraniano após o religioso ser alvo de críticas por suas recentes declarações sobre a Rússia.

No início do mês, o Pontífice falou a jovens russos que eles eram "herdeiros da grande mãe Rússia" e provocou protestos de Kiev, que acusa Moscou de utilizar a suposta "necessidade de salvar a grande mãe Rússia" para justificar o "assassinato de milhares de homens e mulheres na Ucrânia".

O principal conselheiro do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse, inclusive, que Jorge Bergoglio não pode servir de mediador no conflito com o regime de Vladimir Putin por ter assumido uma posição "pró-Moscou".

Segundo estatísticas, antes da guerra, 64% do povo ucraniano apoiava o Papa, mais do que em outros países. Hoje, no entanto, o nível de pessoas que apoiam o líder da Igreja Católica é de pouco mais de 6%

"Nós próprios entendemos que as palavras do Papa sobre a 'grande mãe Rússia' foram proferidas de uma forma mal pensada e demasiada espontânea. O próprio Papa reconheceu isso, respondendo a jornalistas", explicou à ANSA o jovem bispo católico de Kiev-Zhytomyr, monsenhor salesiano Vitaliy Krivitskiy, 51 anos, que está em Berlim para participar do Encontro de Sant'Egidio.

Para o religioso, "certamente, para as pessoas que apenas ouvem estas declarações mais recentes do Papa, cria-se dele uma imagem um tanto negativa, mas o contexto é totalmente diferente para as pessoas que seguem continuamente o Papa, que sabem quantas vezes ele fala sobre a Ucrânia, quantas vezes ele menciona isso em todos os seus discursos".

Desde o início da guerra na Ucrânia, o Papa já fez inúmeros apelos em defesa de Kiev e já condenou a brutalidade das tropas russas na guerra.

Questionado sobre o que o Santo Padre poderia dizer claramente para não ser mal compreendido em relação à Ucrânia, o monsenhor respondeu que "toda a Igreja espera que o Papa tenha clareza, que ele chame as coisas pelo seu nome, a respeito da guerra, ou seja, do agressor, como ele realmente é".

"Francisco já falou sobre essas coisas, mas talvez não com a clareza necessária, para que não tenhamos que fazer essas perguntas novamente", acrescentou ele à ANSA, lembrando que, nos últimos dias, os julgamentos negativos das autoridades de Kiev sobre o Papa "pró-Rússia" assumiram o centro das atenções.

De acordo com Krivitskiy, em relação ao povo ucraniano em geral, "certamente o ponto de vista em relação ao Papa mudou" após as declarações.

"Nosso povo hoje está muito cansado da situação, sem saber o que acontecerá amanhã. A situação hoje em Kiev e na região ao redor é muito diferente de um ano, um ano e meio atrás. Por um lado ouvimos que as coisas estão sob controle, mas por outro, o que não está sob controle são os constantes ataques que sofremos", relatou.

Krivitskiy explicou ainda que, "embora as fronteiras estejam longe de nós, há muitas pessoas de nossas regiões que estão morrendo. E ainda há muitas pessoas que precisam de ajuda humanitária, que não têm casa, nem emprego".

"Apesar de tudo o que é dito sobre a Ucrânia, continuamos a acreditar que a Ucrânia vencerá. A questão da vitória da Ucrânia tem uma resposta para nós, para a qual simplesmente não há alternativa. E não há outras saídas para nós, para o nosso país", ressaltou.

O monsenhor comentou ainda sobre as expectativas nutridas pela missão de paz do cardeal Matteo Zuppi, enviado do Papa. "Tive um encontro pessoal com o cardeal quando ele veio a Kiev, mas não sei exatamente quais foram os resultados da todas as reuniões que teve depois de se encontrar comigo. Gostei muito que o cardeal não tenha vindo para nos dizer o que deveríamos fazer, mas simplesmente para nos mostrar o seu apoio", afirmou.

Por fim, Krivitskiy reforçou que "devemos sempre procurar o diálogo e procurar soluções para os diferentes desafios que surgem". "Se algo pode ser feito para encontrar, para ter a paz e a justiça que todos queremos alcançar, certamente estamos rezando por isso", concluiu.
   

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