(ANSA) - O papa Francisco afirmou nesta sexta-feira (24) que o despovoamento na Itália é um problema e voltou a fazer um alerta contra a cultura veterinária, na qual as pessoas preferem ter animais de estimação em vez de filhos.
A declaração foi dada pelo líder da Igreja Católica durante audiência no Vaticano com representantes das populações do centro da Itália, região duramente atingida por uma série de terremotos em 2016 e 2017.
"Na Itália não temos filhos e isso é grave. Temos uma idade média de 46 anos. Parece que as famílias preferem ter cachorrinhos ou gatos e não crianças", afirmou o Pontífice.
"É a cultura veterinária, cuidado com isso", alertou ele, questionando se "essa é a herança".
Durante a audiência, Francisco também explicou sobre a necessidade de fazer da reconstrução uma oportunidade para compensar os erros do passado e estabelecer planos de crescimento para o futuro de uma maneira diferente.
"Construir com cuidado para o meio ambiente, protegendo sua beleza e saúde, promovendo uma cultura de vida compartilhada e de respeito pelo que nos rodeia, ajuda a viver a vocação de guardiões da obra de Deus, e essa é a nossa missão", acrescentou.
Segundo o argentino, "um terremoto é uma experiência devastadora, tanto física quanto moralmente, porque faz com que o que foi trabalhado por gerações desmorone em um tempo muito curto e faz com que nos sintamos frágeis e impotentes".
Além disso, concentrou sua reflexão em três pontos importantes: a sustentabilidade, a natureza e as atuais mudanças climáticas.
Desta forma, voltou a chamar a atenção para a importância de colocar a pessoa novamente no centro, como o caminho a ser seguido e que pode ajudar a enfrentar as crises de despovoamento e declínio demográfico.
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