(ANSA) - O cardeal ultraconservador norte-americano Raymond Burke, um dos maiores críticos do papa Francisco dentro da Igreja Católica, teve alguns privilégios retirados pelo Pontífice, como seu salário e apartamento.
A informação, de acordo com vários veículos de comunicação, teria sido confirmada pelo próprio Francisco durante uma conversa com uma biógrafa próxima dele.
O religioso mencionou, segundo a escritora Austen Ivereigh, que Burke estaria usando os bens que foram retirados "contra a Igreja".
Jorge Mario Bergoglio, contudo, negou os rumores de que tenha definido o cardeal norte-americano como seu "inimigo".
"Nunca usei a palavra 'inimigo' nem o pronome 'meu'. Simplesmente anunciei o fato durante a reunião dos chefes de departamento, sem dar explicações específicas", esclareceu o Papa.
Em entrevista ao The Wall Street Journal, Burke garantiu que não recebeu nenhuma notificação do Vaticano sobre as medidas.
Burke é um dos cardeais mais críticos do pontificado de Francisco. O cardeal menciona a "divisão e do erro que destroem tantas vidas humanas e famílias no mundo, e que também entraram na Igreja", pedindo doações para o santuário de Nossa Senhora de Guadalupe em La Crosse, no estado de Wisconsin, fundado pelo próprio religioso.
O norte-americano foi nomeado cardeal em 2010 pelo antecessor de Francisco, o papa emérito Bento XVI.
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