(ANSA) - O presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Matteo Zuppi, declarou nesta segunda-feira (22) que a decisão da Igreja Católica de autorizar bênçãos a casais homoafetivos não nega o ensinamento da Igreja de que a homossexualidade é um desvio e que apenas homossexuais “castos” podem receber sacramentos.
O também enviado especial do papa Francisco em missões de paz na Ucrânia e arcebispo de Bolonha disse que a bênção significa mostrar o “olhar amoroso da Igreja sobre todos os filhos de Deus, mas sem derrogar os ensinamentos do Magistério”.
Para Matteo Zuppi, “Deus quer que todos sejam salvos” e “cada pessoa batizada é nosso irmão”.
O Vaticano confirmou no último dia 18 de dezembro, com o aval do papa Francisco, a possibilidade de padres e bispos abençoarem casais homoafetivos, desde que essa prática não seja confundida com o casamento.
A orientação foi divulgada pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, órgão mais importante da Santa Sé em termos de teologia e herdeiro da Santa Inquisição.
De acordo com o órgão, são possíveis as "bênçãos a casais em situação irregular e a casais do mesmo sexo, cuja forma não deve ter qualquer fixação ritualística por parte das autoridades eclesiásticas, a fim de não produzir uma confusão com a bênção característica do sacramento do matrimônio".
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